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Nota de Pesar Manuel Brito
Nota de Pesar Manuel Brito
01/09/2023
A Diretora Regional de Cultura do Algarve, Adriana Freire Nogueira, lamenta a morte de Manuel Brito, fundador da editora «Sul, Sol e Sal».

Natural de Olhão, Manuel Lázaro Oliveira de Brito (1961-2023) viveu grande parte da sua vida em Lisboa, onde trabalhou na área da auditoria financeira. Licenciado em Gestão de Empresas,
Instituto Superior de Línguas e Administração, integrou o Conselho Fiscal da Caixa Geral de Depósitos, gerente da DFK & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, administrador de Brito Crisóstomo & Roque, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, entre outros cargos na área da auditoria financeira.

Em 2015, regressou ao Algarve e fundou editora «Sul, Sol e Sal», dedicada à edição de obras sobre a cultura e o património do Algarve.
A Pesca no Algarve Medieval, de José Marcelino Castanheira, e a revista Meridional, do Instituto de Cultura Ibero-Atlântica (ICIA), foram as publicações mais recentes, apoiadas pelo Programa de Apoio de à Edição, da Direção Regional de Cultura do Algarve, e editadas pela «Sul, Sol e Sal»

À sua família e amigos enlutados, a Diretora Regional de Cultura do Algarve, em seu nome pessoal e da instituição, envia as mais sentidas condolências.

1 setembro 2023
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Rota Literária do Algarve: Itinerário do Ameixial
Rota Literária do Algarve: Itinerário do Ameixial
31/08/2023
A Rota Literária do Algarve é um convite à descoberta de um Algarve por desvendar, tendo como ponto de partida textos literários de autores algarvios e de outros que referiram o Algarve nas suas obras. É composta por 16 itinerários na região. A cada um deles corresponde uma brochura e um percurso sinalizado no terreno, para que o visitante o possa realizar autonomamente.

Hoje, damos a conhecer o itinerário do Ameixial (concelho de Loulé), que percorre o interior da aldeia e também o campo à volta desta localidade . Os textos literários evocam a natureza, as gentes e a história do Ameixial e da Serra do Caldeirão.

  • Duração média do passeio: 2h30
  • Extensão aproximada: 4 km
  • Grau de dificuldade: fácil
  • Tipo de percurso: linear
  • Ponto de partida: Clube Desportivo do Ameixial
  • Consulte a brochura do Ameixial

Para saber mais mais sobre este e os restantes itinerários visia a página da Rota Literária do Algarve.

Fonte: Rota Literária do Algarve

 

31 agosto 2023
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Ciclo de Cinema “Libertar a Memória” prossegue na Fortaleza de Sagres
Ciclo de Cinema “Libertar a Memória” prossegue na Fortaleza de Sagres
23/08/2023
A Fortaleza de Sagres apresenta, no próximo sábado, dia 26 de agosto, às 17h30, mais uma sessão do ciclo de cinema “Libertar a Memória”, promovido pelo Cineclube de Faro.

I Am Not Your Negro (2016, França/EUA, DOC, 1h33min M/12), do realizador haitiano Raoul Peck, escrito por James Baldwin e narrado por Samuel L. Jackson, é a escolha do curador, Suzano Costa, para esta sessão que assinala o Dia Internacional em Memória do Tráfico de Escravos e da Sua Abolição (23 de agosto).

O documentário foi realizado a partir do livro inacabado Remember This House, do escritor James Baldwin (1924 – 1987), e retrata os conflitos raciais nos Estados Unidos da América, a partir do assassinato de três dos principais líderes negros da história: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King.

Suzano Costa é investigador do Observatório Político. Licenciado, Mestre e Doutor em Ciência Política, na especialidade em Teoria e Análise Política, pela Universidade Nova de Lisboa, obteve, ainda, uma pós-graduação em Política Comparada pelo ICS-UL e em Eleições e Sistemas Eleitorais pelo IHC-FMS. Foi bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia, tendo sido distinguido com o Prémio “Mérito & Excelência” (UNL), o Prémio “Fórum D&C” (IMVF) e o Prémio “2D’s” (IDD). Exerceu funções no Secretariado-Executivo da Associação das Universidades de Língua Portuguesa, foi fundador da Tertúlia Crioula e dinamizador de várias iniciativas cívicas, académicas e comunitárias. 
 
O ciclo "Libertar a Memória" aborda questões como (des)colonização, escravatura, segregação social,  lugares e identidades, numa pluralidade de perspetivas e visões. Os curadores convidados, embora com percursos pessoais e profissionais diversos, têm em comum a proveniência direta ou familiar de territórios afetados pela colonização e estão ligados entre si pelo estudo, pensamento, cultura e ação em temas de memória e pós-colonialismo e suas consequências ainda presentes. O projeto tem a coordenação artística e a curadoria de Luísa Baptista e a produção técnica de Pedro Mesquita.

Para complementar as exibições, irão estar disponíveis algumas publicações com curadoria literária de Marta Lança e do projeto Buala.

A entrada é livre, sujeita a inscrição prévia para o email: ccf@cineclubefaro.pt.

O ciclo de cinema integra a programação do DiVaM – Dinamização e Valorização dos Monumentos – com o tema “Patrimónios (des)confortáveis”, que está disponível online.
21 agosto 2023
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O Dia Internacional da Memória do Tráfico Negreiro e da sua Abolição &  a Paisagem Cultural do Promontório de Sagres
O Dia Internacional da Memória do Tráfico Negreiro e da sua Abolição & a Paisagem Cultural do Promontório de Sagres
23/08/2023
“Todas as palavras do vendedor, /mas nenhuma do vendido. / As palavras de Reis e Capitães moveram navios. / Mas nem uma palavra vinda do porão” (Zora Neale Hurston, Barracon)

Hoje, dia 23 de agosto, assinala-se o Dia Internacional da Memória do Tráfico Negreiro e da sua Abolição, para lembrar todos os seres humanos que sofreram a violência do tráfico de pessoas escravizadas, no processo desumano que também ficou designado como “comércio triangular”. Este dia constitui um marco, promovido pela UNESCO, onde se pretende homenagear todos os homens e mulheres que lutaram pela sua libertação, neste mesmo dia, no ano de 1791, em São Domingos, atualmente um estado soberano do Haiti, naquele que seria o início da Revolução Haitiana, um momento decisivo que causou forte impacto não só nas Américas, mas também a nível mundial.


O Promontório de Sagres – onde a Fortaleza de Sagres se situa - foi reconhecido com a Marca do Património Europeu, em 2015, pelo papel fundamental que lhe é justamente atribuído no contexto da abertura da Europa ao Mundo, associado ao processo de exploração marítima iniciado pelo Infante D. Henrique, que causou transformações na evolução da cultura, da ciência, e do comércio, e que tiveram um impacto decisivo na forma de moldar o mundo, como hoje o conhecemos. 


A candidatura à Marca do Património Europeu, em 2015, assentou também na riqueza da paisagem cultural deste território, que incorpora uma rede complexa de heranças diversas, muito significativas em contexto europeu, tais como o aglomerado de vestígios megalíticos – os menires, marcadores que sacralizaram a paisagem do homem de então –  de relevância europeia; a memória associada ao culto vicentino e à antiga Igreja do Corvo, que se situaria nas imediações do Cabo de São Vicente, templo que acolheria cristãos, moçárabes, mas também muçulmanos; a Ermida de Nª Sr.ª de Guadalupe, na Raposeira; a rede de fortificações desta costa, em que a Fortaleza de Sagres se integra; também o património subaquático aqui existente, assim como o seu património natural.


A distinção desta paisagem cultural como Marca do Património Europeu deu também destaque a Lagos, como o primeiro “cais de partida” das primeiras viagens de descoberta da costa africana, lugar que detém um património extremamente importante associado à escravatura. 
 

Gomes Eanes de Zurara descreveu, na Crónica da Conquista e dos Feitos da Guiné, o desembarque, a separação por lotes e a venda de 235 homens, mulheres e crianças, numa manhã de agosto do ano 1444, em Lagos. E a recente descoberta, em 2009, de mais de 150 esqueletos, que rapidamente foram identificados como sendo de africanos escravizados, de meados do século XV e XVI, junto ao vale da Gafaria, no exterior das muralhas - na zona que veio a ser o parque de estacionamento do Anel Verde - de Lagos, deu materialidade histórica aos testemunhos do cronista. Estamos perante a descoberta do mais antigo “cemitério” de africanos escravizados em solo europeu, um achado patrimonial único.


Apesar de, em 1761, um decreto ter vetado a entrada de pessoas escravizadas no Reino, - o tráfico negreiro estava ainda longe de ser abolido no território colonial português. Aliás, pelo contrário, houve um incremento deste comércio ignóbil, nas décadas seguintes, promovido por várias nações.
 

De acordo com o website SlaveVoyages, nos porões dos navios negreiros ao longo de vários séculos, foram mais de 12 milhões as pessoas escravizadas, de 1501 a 1875, no comércio transatlântico. Sob a bandeira portuguesa e brasileira, foram 5 848.266, seguido da britânica, com 3 259.411. 

A paisagem cultural do território de Sagres e Lagos constitui, assim, um lugar de memória, complexo, paradoxal e sensível, mas com um enorme potencial, para a reflexão, discussão e questionamento sobre o verdadeiro impacto deste processo da primeira fase das viagens de expansão marítima. 


Convidamos-vos a visitar o novo Centro Expositivo da Fortaleza de Sagres, inaugurado em março deste ano, que apresenta uma leitura mais ampla e que questiona esta e várias outras temáticas.

 

De acordo com o ultimo relatório do Global Slavery Index 2023, Portugal é o 3.º país europeu que mais ações tem concretizado no combate à escravatura moderna.

 

Para mais informações:
Fortaleza de Sagres: http://promontoriodesagres.pt/
Rede de sítios Marca do Património Europeu: https://geo.osnabrueck.de/ehl/EN/map
Relatório Global Slavery Index 2023:
https://cdn.walkfree.org/content/uploads/2023/05/24145755/GSI-2023-Europe-Central-Asia-Regional-Report.pdf
 

Crédito fotográfico: Centro Expositivo da Fortaleza de Sagres - Edigma e DRCAlg

23 agosto 2023
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Programa da IX Feira da Dieta Mediterrânica
Programa da IX Feira da Dieta Mediterrânica
17/08/2023
Está disponível o programa detalhado da IX Feira da Dieta Mediterrânica, que terá lugar em Tavira, de 7 a 10 de setembro.

Consulte o programa completo aqui.
17 agosto 2023
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