Pensar para o Território
O nome do navegador português Fernão de Magalhães, patrono deste projeto, é associado à inovação e ao rompimento de barreiras (técnicas / tecnológicas/ mentais). Fazer como Magalhães é executar um projeto com coragem, determinação e de forma arrojada; agir para além do que é dito ser possível.

A expedição de  Magalhães que completou a primeira circum-navegação determinou o que hoje é a globalidade. Expandiu os  limites do mundo conhecido permitindo novos intercâmbios e derrubou barreiras. Muitos impossíveis tornaram-se possíveis.

O design como disciplina tanto criativa como tecnológica é por natureza dedicado à inovação, a testar limites e a provocar reatividade.

Um projeto de design aplicado a um território carece de contexto: os projetos desenvolvem-se em lugares e para pessoas num determinado tempo. Na Declaração Universal Sobre a Diversidade Cultural de 2002, a Unesco reconhece o Tempo e o Espaço como os vetores da construção cultural das identidades.

A cultura adquire formas diversas através do tempo e do espaço. Essa diversidade se manifesta na originalidade e na pluralidade de identidades que caracterizam os grupos e as sociedades que compõem a humanidade. Fonte de intercâmbios, de inovação e de criatividade, a diversidade cultural é, para o género humano, tão necessária como a diversidade biológica para a natureza.
Nesse sentido, constitui o património comum da humanidade e deve ser reconhecida e consolidada em benefício das gerações presentes e futuras. (Artigo 1 – A diversidade cultural, património comum da humanidade).

Esses vetores são os alicerces da identidade de um povo, os elementos que geram sentimento de pertença. 

Nestas ações de Design Territorial exploramos como o Algarve do século XV e XVI foi lugar de inovação e como os agentes culturais e criativos locais podem utilizar o contexto histórico para desenvolver novas narrativas nos seus projetos. Deste modo a história é um recurso criativo potenciador de valorização territorial.